A autoestima não é um sentimento, não é uma atitude, como pensam muitos. É um processo do qual sentimentos e atitudes fazem parte. A autoestima começa a ser construída no primeiro instante do ser, e vai se desenvolvendo no decorrer de sua existência. É um processo ativo, contínuo que se atualiza dia após dia, através de nossas experiências. Nada tem a ver com egoísmo. A pessoa que tem uma auto-estima positiva tem consciência de si, é centrada, possui ética e bom-senso. Reconhece suas qualidades como potenciais e as utiliza com assertividade. Assume a responsabilidade pelos seus erros e dificuldades, e sabe que necessita aprender para transformá-los em potenciais. Pensa em si como elemento útil à comunidade e não como centro dela, e vê os obstáculos da vida como possibilidades de desenvolvimento e maturidade. Quem tem uma boa autoestima, é um elo de paz, harmonia e união em sua comunidade. Realiza tudo com amor, bondade e prazer. Promove crescimento. |
terça-feira, 7 de junho de 2011
Autoestima
A autoestima é uma poderosa necessidade humana, que contribui de maneira essencial para o processo da vida, sendo indispensável para um desenvolvimento normal e saudável. Tem valor de sobrevivência.
Na ausência de uma autoestima positiva, nosso crescimento psicológico fica interditado.
A autoestima positiva funciona como se, na realidade, fosse o sistema imunológico da consciência. Fornece resistência, força e capacidade de regeneração. Quando é baixa, nossa resistência diante da vida e suas adversidades diminui. Ficamos aos pedaços diante de vicissitudes que uma percepção mais forte de si mesmo poderia superar.
A autoestima proclama-se como uma necessidade porque sua ausência compromete nossa capacidade de funcionar. É por esse motivo que dizemos que ela tem valor de sobrevivência. Atingimos um ponto na história em que a autoestima, que sempre se mostrou como uma necessidade psicológica de suma importância, também se tornou uma necessidade econômica da maior relevância, atributo imperativo para a adaptação a um mundo cada vez mais complexo, desafiador e competitivo.
Uma autoestima elevada busca o estímulo de metas desafiadoras. Atingir objetivos exigentes alimenta uma boa autoestima. A baixa autoestima busca segurança do que é conhecido e não exigente. Ao se confinar no que conhece e não a exige, a pessoa debilita sua autoestima.
Quanto maior a nossa autoestima, mais desejosos somos de crescimento, não necessariamente no sentido profissional ou financeiro, mas dentro daquilo que esperamos viver durante nossa existência nos âmbitos emocional, criativo e espiritual. Quanto mais baixa nossa autoestima, menos aspiramos fazer e é provável que menos realizemos. Ambos os caminhos tendem a ser reforçadores e perpetuadores.
Assim como um sistema imunológico saudável não é garantia de que a pessoa nunca ficará doente, mas torna-a menos vulnerável a doenças e mais bem preparada para combatê-las, a autoestima saudável também não é garantia de que a pessoa nunca sentirá ansiedade e depressão diante das dificuldades da vida, mas torna-a menos suscetível e mais bem equipada para suportá-las, dar a volta por cima e superá-las.
Com uma autoestima elevada, é mais provável que consigamos persistir diante das dificuldades. Com uma autoestima baixa é mais provável que desistamos ou façamos o que tem que ser feito, sem dar de fato o melhor de nós. As pesquisas mostram que os indivíduos com autoestima alta persistem nas tarefas por um tempo significativamente maior do que os indivíduos com baixa autoestima. Se perseverarmos, a probabilidade de obter mais sucessos do que fracassos é maior. Se não perseverarmos, a probabilidade de fracassar é muito maior do que sermos bem sucedidos.
O valor da autoestima não está apenas no fato de ela permitir que nos sintamos melhor, mas pode permitir que vivamos melhor – respondendo aos desafios e às oportunidades de maneira mais rica e mais apropriada.
Quando mais sólida for a nossa autoestima, mais bem preparados estaremos para lidar com os problemas que surgem em nossa vida pessoal e profissional; mais rápido conseguiremos nos erguer depois de uma queda; mais energia teremos para recomeçar.
Quanto mais alta for a autoestima, mais abertas, honestas e adequadas serão nossas comunicações, porque acreditamos que o que pensamos tem valor. Quanto mais baixa for a nossa autoestima, mais nebulosas, evasivas e impróprias serão nossas comunicações, devido à incerteza quanto a nossos próprios pensamentos e sentimentos e/ou devido à ansiedade diante da reação do outro.
Quanto mais elevada for a nossa autoestima, mais estaremos dispostos a criar relacionamentos que nos alimentem e não nos intoxiquem. O fato é que o semelhante atrai o semelhante e o saudável é atraído pelo saudável. A vitalidade e a expansividade nos outros naturalmente atrairão mais as pessoas com boa auto-estima do que o vazio e a dependência. Indivíduos com elevada autoestima tendem a ser atraídos por indivíduos com elevada autoestima. A baixa autoestima busca a baixa autoestima nos outros – não de maneira consciente, mas de uma forma involuntária e inconsciente.
Quanto mais saudável for a nossa autoestima, mais propensos seremos a tratar os outros com respeito, benevolência, boa vontade e equanimidade – uma vez que não tendemos a percebê-los como ameaça, e que o autorrespeito é a base do respeito pelo outro. Enfim, a autoestima elevada é a base para a felicidade pessoal.
( In: Pense como um Vencedor, Dr. Walter Doyle Staples, Pioneira, São Paulo,1994)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário